terça-feira, 9 de abril de 2019

O que mais temos medo quando somos jovens?



O que mais temos medo quando somos jovens?


Quando jovens somos corajosos, destemidos, arrogantes e auto suficientes até o primeiro encontro. Basta nos apaixonar por alguém para sentirmos medo. Medo da não aceitação, medo da rejeição. Medo de não sermos belos o suficiente para agradar ao outro.

E começam nossos conflitos internos, nossas inseguranças, baixamos a bola e voltamos à infância, tempo do medo da escola, dos novos amiguinhos, dos meninos ou meninas maiores que nos amedrontavam pelos corredores da escola.

Toda nossa arrogância e sapiência se desfaz num pequeno sopro. Ele ou ela, nosso objeto de desejo, cresce aos nossos olhos como se não fossem simples mortais como nós. Como se não carregassem dentro de si mesmos, as mesmas inseguranças e incertezas.

E a vida nos impulsiona pra frente sempre e com ela vamos vivendo nas incertezas diárias. Somos de fato amados ou somos objetos úteis? Isto só saberemos na velhice quando não mais teremos a utilidade da juventude. Se todos ou especialmente alguns permanecerem conosco apesar da inutilidade saberemos que fomos sim amados. Mas, se ficarmos sós, entregues a nós mesmos teremos a certeza da utilidade que fomos e da ausência total do amor. Caros não fomos amados fomos usados e desrespeitados. Não fomos admirados por conseguinte  não fomos respeitados. Se não fomos admirados e respeitados certamente nunca fomos amados. Esse é o que mais temos medo quando somos jovens. De não passar pelo sofisticado sentimento de experiência humana, o amor.